Você já se fez essa pergunta? Passamos a totalidade dos nossos dias fazendo coisas, indo para lugares, resolvendo problemas, enfrentando dificuldades, confrontando com desentendimentos e nos deparando com a falta de comunicação.
Não vivemos o dia, a semana, o mês, apenas passamos por esses períodos. O tempo nos consome, a vida nos leva, quando percebemos dias e dias se passam e parece que metade do que precisávamos fazer ficou para trás. E o pior, na maioria das vezes, o que ficou sem fazer, uma conversa, uma ligação, um acordo, acaba por ser esquecido pelo tempo, e o que parecia ser tão importante deixa de ser.
Em um dos programas de gestão de tempo que trabalhamos nas empresas, ensinamos as pessoas a resolver o que é urgente, algum tipo de crise ou situação pontual que necessita de uma solução rápida. Orientamos a delegar ou dividir com outras pessoas as ações corriqueiras ou burocráticas que não necessariamente, nós, precisamos fazer ou resolver. E descartar demandas, chamados, que só nos tiram a atenção e não agregam valor, exemplo, e-mails, spams, enfim, tudo que não é urgente, nem importante.
O que realmente deveríamos dar foco e direcionar mais tempo, seriam as ações que quase nunca fazemos, como por exemplo, o cuidado com o outro, uma palavra para um filho, uma conversa com um irmão, algumas horas com os pais, um telefonema de conforto para quem precisa.
Gastamos tempo demais correndo atrás de conseguirmos mais coisas que ao final nem temos tempo de usufruir de tantas conquistas com um preço tão alto.
O tempo deveria ser um norteador das nossas atividades, mas como não sabemos utiliza-lo adequadamente, este passa a ser nosso inimigo. Pois, colocamos nas horas do dia que simbolizam nosso tempo, mais atividades do que podemos fazer. E passamos o tempo todo a repetir que não temos tempo. E não temos mesmo.
Não temos tempo de relaxar, de sentir, de respirar, de comer. Vivemos ansiosos, não tempos tempo de viver. E a pergunta é: Para que tudo isso? Para onde estamos indo? Porque corremos tanto?