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Desenvolvimento da Personalidade segundo o Eneagrama

Nascemos com uma predisposição inata para sermos o que somos. Isso é fato. Isso é arquetípico. O que iremos desenvolver na vida, ou que deveríamos desenvolver, tem a ver com a nossa missão e com evolução.

Como diz Jung,

“o processo de desenvolvimento da personalidade rumo à consciência plena de todos os seus aspectos é denominado individuação. A meta da individuação é atingir a experiência profunda de que todos os níveis da psique são um mesmo todo, pleno de potencialidades. E, desse modo, o indivíduo pode se perceber dentro da sua verdadeira natureza, ou seja, indivisível, completo, total e repleto de possibilidades de realização.”1

Como dizem Russ Hudson e Don Riso, no livro “A Sabedoria do Eneagrama”,

“O Eneagrama nos permite ir em frente porque parte de onde nós realmente estamos. Da mesma forma que nos revela os píncaros espirituais que somos capazes de atingir, ele lança luz clara e imparcial sobre os aspectos sombrios e intransponíveis de nossa vida. Se quisermos viver como seres espirituais no mundo material, devemos saber de antemão que essas são as áreas que mais precisamos explorar.”2

Como diz Helen Palmer,

“O Eneagrama da personalidade é um mapa de como o ego ou personalidade funciona em seu conjunto. Por isso, embora cada qual nasça mais sensível a uma determinada Idéia Divina e, portanto, predisposto a um determinado tipo do Eneagrama, cada qual também contém os nove tipos. É por isso também que a maioria das pessoas é capaz de compreender imediatamente a dinâmica de todos os tipos e entabular relação com todos. Todos os tipos, portanto, estão presentes dentro de nós, mas um deles é mais forte; e a ilusão acerca da natureza da realidade que corresponde a esse tipo mais forte constitui o âmago da nossa estrutura.” 3

Passamos a interpretar a vida, os acontecimentos, nossos pais, sob o prisma dessa visão subjetiva. Tudo acontece ao mesmo tempo.

Passamos a identificar nosso corpo, que temos uma vida, essa vida tem necessidades, sensações físicas e necessida- des corporais de cuidados, que se transformam em percepções, e, gradativamente, em sentimentos (instintos). E, a partir daí, passamos a julgar e a interpretar, cognitivamente, tudo o que nos acontece (fixação). O que gera em nós reações emocionais (paixão). E, para minimizar o impacto de tudo isso, minimizando nossa dificuldade de adaptação ao mundo, cada um de nós se aperfeiçoa em alguma estratégia básica de sobrevivência (mecanismo de defesa), e, assim, nos tornamos o que somos (um ego).

E, assim, desenvolvemos uma personalidade, o que no Eneagrama chamamos de tipo.

Referências:

  1. JUNG, Carl G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. pág. 269.

  2. RISO, Don Richard; HUDSON, Russ. A sabedoria do eneagrama: guia completo para o crescimento psicológico e espiritual dos nove tipos de personalidade. São Paulo: Cultrix, 1999.

  3. PALMER, Helen. O eneagrama: compreendendo-se a si mesmo e aos outros em sua vida. São Paulo: Paulinas, 1993. pág. 39.

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Marilena Borges

Graduada em Psicologia com especialização em Psicologia Clínica e Mestre em Filosofia. Sócia e diretora do ESEDES.

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