Para se falar dos centros de inteligência e de como se pode usá-los de forma a integrá-los para uma melhor percepção de quem somos e do que fazemos, é importante citar Gurdjieff.
O mestre que falava dos centros de inteligência de uma forma esclarecedora para entendermos que se não alinharmos mente, coração e físico, estaremos sempre “mancando” na vida.
Gurdjieff dizia:
“o homem é uma máquina complexa que ‘imprime e assimila comportamentos e os expele’. Come comida, ar e impressões sensoriais para estimular cinco ‘cérebros’ ou ‘centros’ que atuam de forma independente: intelectual, emocional, motor, instintivo e sexual. Cada um executa suas funções sem ter em conta o outro, porque a máquina humana inconsciente é ineficiente e está presa na ‘mecanicidade’”.
Gurdjieff passou a usar os três centros básicos (intelectual, emocional e instintivo) para determinar tipos de seres humanos sem o desenvolvimento da consciência. “Homem número um”, do motor; “Homem número dois”, emocional; “Homem número três”, intelectual.
E o Homem número quatro surge quando 1, 2 e 3 estão alinhados; ele se conhece e sabe para onde vai.
Apesar de acreditarmos que temos uma “mente” só, na verdade, cada um de nós tem seus próprios centros. Podemos ver isso dentro do cérebro, temos esses centros separados; o centro mental está localizado no córtex cerebral, o centro emocional tem sistema límbico responsável pelo seu funcionamento, e o centro instintivo tem o bulbo cerebral (cérebro reptiliano).
Esses centros de inteligência atuam gerando comportamentos específicos derivados da região em que se localizam. Platão usou a metáfora de um carro para ilustrar a interrelação entre os aspectos físico (o treinador), emocional (o cavalo) e mental (o condutor). Gurdjieff também usa esta parábola, mas acrescenta que, no banco (o passageiro), é o Senhor e Mestre – o Ego – que decide para aonde o carro está indo.
Portanto, o caminho, ou melhor, o 4º caminho de Gurdjieff, seria o conhecimento de si mesmo e o alinhamento de todos os centros de inteligência.
